quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Rio São Francisco

O  rio São Francisco é um dos mais importantes cursos d'água do Brasil e de toda a América do Sul, sendo a segunda maior bacia hidrográfica localizada inteiramente em território nacional. Sua nascente real e geográfica está localizada no município de Medeiros na Serra da Canastra em Minas Gerais. O rio atravessa o estado da Bahia, fazendo sua divisa ao norte com Pernambuco, bem como constituindo a divisa natural dos estados de Sergipe e Alagoas, e, por fim, deságua no Oceano Atlântico, drenando uma área de aproximadamente 2 830 Km de extensão.


           Seu nome indígena é Opará, sendo carinhosamente chamado de Velho Chico. Ele é conhecido também como Rio dos Currais por ter servido de trilha e criação de gado na época colonial, ligando a região Nordeste às regiões Centro-Oeste e Sudeste. Ainda hoje ele é um rio de grande importância econômica, social e cultural para os estados que atravessa. Folcloricamente, é citado em várias canções e há muitas lendas em torno das carrancas (entidades do mal) que até hoje persistem.

           O rio dividi-se em quatro regiões: Alto São Francisco, das nascentes até Pirapora - MG; Médio São Francisco, entre Pirapora e Remanso - BA; Submédio São Francisco, de Remanso até a Cachoeira de Paulo Afonso, e, Baixo São Francisco, de Paulo Afonso até a foz no oceano Atlântico.

       
           Apresentando dois estirões navegáveis: o médio, com cerca de 1 371 Km de extensão, entre Pirapora (MG) e Juazeiro(BA) / Petrolina (PE) e o baixo, com 208 Km, entre Piranhas (AL) e a foz, no Oceano Atlântico.     
      O rio São Francisco atravessa regiões com condições naturais das mais diversas, o que possibilitou a instalação de usinas hidrelétricas em trechos específicos e benéficos para a geração de energia elétrica. Sendo as principais: Usina de Três Marias - 396MW, Usina Hidrelétrica de Sobradinho -1 050 MW e Usina Hidrelétrica de Itaparica - 1 500 MW.   
        As partes extremas superior e inferior da bacia apresentam bons índices pluviométricos, enquanto os seus cursos médio e submédio atravessam áreas de clima bastante seco. Assim, cerca de 75% do deflúvio do São Francisco é gerado em Minas Gerais, cuja área da bacia ali inserida é de 37% da área total. A área compreendida entre a fronteira Minas Gerais - Bahia e a cidade de Juazeiro (BA), representa 45% do vale e contribui com 20% do deflúvio anual. 
           Os aluviões, os arenitos e os calcários, que dominam parte da bacia de drenagem, desempenham a função de esponjas retendo e liberando as águas nos meses de estiagem, a tal ponto que Pirapora (MG), Januária (MG) e até mesmo em Carinhanha (BA) o mínimo se dá em Setembro, dois meses após o mínimo pluvial de Julho. O rio possui uma extensão de 2 830 km e uma declividade média de 8,8 cm/km. A média das vazões na foz é de 2 943 m³/s, e a velocidade média de sua corrente é de 0,8 m/s (entre Pirapora, Minas Gerais e Juazeiro, Bahia).       
    O rio São Francisco banha cinco estados, recebendo água de 90 afluentes pela margem direita e 78 afluentes pela margem esquerda, num total de 168 afluentes, sendo 99 deles perenes. Os trechos navegáveis estão no seu médio e baixo curso. O maior deles, entre Pirapora e Juazeiro - Petrolina, com 1 371 km de extensão. 
           Seus principais afluentes são:

  •  Rio Paraopeba 
  •  Rio Abaeté 
  •  Rio das Velhas 
  •  Rio Jequitaí 
  •  Rio Paracatu 
  •  Rio Urucuia 
  •  Rio Verde Grande 
  •  Rio Carinhanha 
  •  Rio Corrente 
  •  Rio Grande
           Existem várias usinas hidrelétricas em operação no vale do São Francisco: Três Marias, Sobradinho, Itaparica (Luis Gonzaga), Moxotó (Apolônio Sales), Paulo Afonso 1, 2 e 3, Paulo Afonso 4 e Xingó. Destas, apenas Três Marias, Sobradinho e Itaparica possuem reservatórios de regularização.




           O quadro abaixo apresenta as principais características das usinas citadas, incluindo a localização através da distância até a foz, área de drenagem (A.D.), volume útil (V.U.), potência instalada (Pot. Inst.), vazão média de longo termo (MLT), a vazão natural máxima diária da série histórica de vazões, e a capacidade de engolimento das turbinas, que indica a capacidade que a usina tem de defluir vazões sem realizar vertimentos.


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